Economia Governo recomenda internacionalização de empresas moçambicanas

Governo recomenda internacionalização de empresas moçambicanas

Governo recomenda internacionalização de empresas moçambicanas

O Governo moçambicano desafia as empresas moçambicanas a procurar a sua internacionalização que possa garantir a conquista dos mercados a nível mundial.

“A internacionalização do LIDE em curto espaço de tempo deve levar-nos a reflectir no processo de internacionalização das empresas moçambicanas, que à medida que vão ganhando maior robustez terão que caminhar necessariamente para a sua própria internacionalização, facilitando, desse modo, a conquista de um vasto mercado disponível da região, do continente e planetário”, disse o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga.

Segundo o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, ao discursar na tarde de quarta-feira na cidade de Maputo onde representou o primeiro-ministro, Aires Ali, na cerimónia de lançamento oficial do LIDE Moçambique, “os líderes de empresas” filiados naquele fórum “devem contribuir para a criação de parcerias estratégicas  nacionais  e internacionais que permitam um posicionamento seguro e sustentável no mercado internacional”.

“É claro que este não será um passo fácil de ser dado, tendo em conta que a competição no mercado internacional requer uma adequada musculatura onde terão de enfrentar regras de mercado muito sofisticadas e exigências cada vez mais elevadas”, reconheceu o ministro.

Armando Inroga defendeu a intervenção do LIDE como fórum de pensamento dos líderes empresariais, em vectores como a abordagem e discussão  de temas económicos e políticos de interesse nacional, o fortalecimento dos princípios de boa governação e a defesa  da ética, dos princípios democráticos e a eficiência de gestão nos sectores públicos e privados pode complementar os esforços do Governo.

Entretanto, foi quarta-feira última oficialmente apresentado em Maputo o LIDE Moçambique, uma organização de empresários destinada a fortalecer o pensamento e relacionamento entre vários líderes empresariais moçambicanos. A cerimónia foi testemunhada pelo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, pelo ministro do Turismo, Fernando Sumbana, e líderes empresariais.

O LIDE Moçambique é uma organização que tem por objectivo debater assuntos de negócios de variados sectores, como a economia, educação, saúde, meio ambiente, questões sociais, desporto, juventude, cultura, mulher, energia, recurso minerais, mar, entre outros.

A organização que tem como presidente do Comité de Gestão o actual presidente do Conselho de Administração (PCA) do Millennium bim, Mário Machungo, ainda integra Ana Paula Figueiredo, como presidente executiva, e Calane da Silva, como presidente do sub-comité de Cultura, entre outras personalidades do mundo político, empresarial e cultural. Pretende a harmonização dos associados no sentido de fazerem propostas que sejam estrategicamente importantes para as comunidades das diferentes regiões do país.

Recomendado para si:  Moçambique aumenta despesa pública e prevê défice de 113 mil milhões no Orçamento do Estado

O fórum conta com representações em mais de 10 países, entre os quais Itália, Portugal, Argentina, Chile, Uruguai, Angola, China, Estados Unidos da América, África do Sul e agora Moçambique.
O grupo é uma congregação de empresas, de pessoas, de academias e da sociedade, que tem convergência em ideais e visa organizar as empresas a trocarem ideias com instituições.

Na essência, os princípios do LIDE têm de se adaptar segundo a realidade de cada região.
Através da organização, os empresários internacionais poderão adquirir conhecimentos sobre a peculiaridade das oportunidades que Moçambique oferece, para além da réplica de modelos vencedores de outros países, troca de ideias, bem como de oportunidades de negócios e ajuda às comunidades.
“Moçambique precisa mostrar-se e dar condições de comunicação, as oportunidades, as condições em que se colocam, através de universitários, empresários, jornalistas, economistas e outros intervenientes”, disse o presidente do LIDE Internacional, Fernando Luiz Furlan.

Ao mostrar as potencialidades que o país oferece, a organização estará, segundo Fernando Luiz Furlan, a provocar a atracção de investimentos e parcerias, assim como a propagandeá-las, para além de poder oferecer estágios a baixo custo a jovens recém-formados.

Para as pequenas e médias empresas, a vantagem, segundo Fernando Furlan, vai ser a possibilidade de integração em vários processos de negócios, parcerias e até de investimentos e troca de ideias.
Moçambique é o segundo país africano depois de Angola a receber o grupo de líderes empresariais (LIDE), organização que tem como missão promover a integração entre empresas, organizações e entidades privadas, através de programas de debates, fóruns de negócios, actividades de conteúdo e iniciativas de apoio a sustentabilidade e responsabilidade social.

O LIDE Moçambique surge como herdeiro do LIDE Brasil, uma rede de lobbying e networkking empresarial que congrega os gestores das principais empresas privadas brasileiras e líderes de corporações internacionais, cujo objectivo é criar sinergias, ideias e actividades no âmbito de pensamento, relacionamento e princípios éticos de governação corporativa no Brasil. Actualmente reúne no seu seio cerca de 47 por cento do Produto Interno Bruto privado brasileiro.