Economia Programa de fortificação alcança 13 milhões de toneladas de alimentos essenciais

Programa de fortificação alcança 13 milhões de toneladas de alimentos essenciais

O Programa Nacional de Fortificação, promovido pelo governo moçambicano, alcançou marcos importantes nos últimos seis anos, com a comercialização de mais de 13 milhões de toneladas de alimentos enriquecidos com micronutrientes essenciais. 

Entre os alimentos destacados encontram-se, a farinha de milho, farinha de trigo, açúcar, óleo alimentar e sal iodado.

A revelação ocorreu durante um workshop de capacitação para membros de Organizações da Sociedade Civil, realizado na manhã de segunda-feira, em Maputo, por Custódia Paúnde, Secretária do Estado da Indústria. A formação centrou-se na aplicação da iniciativa Pull Strategy, que visa a promoção e distribuição eficaz de alimentos fortificados.

“Esses resultados devem inspirar todos nós a continuarmos a laborar abnegadamente, redobrando esforços individuais e colectivos para promover a produção e consumo de alimentos fortificados, com a meta de reduzir os índices de deficiência de micronutrientes e, consequentemente, a desnutrição entre a população moçambicana”, afirmou Paúnde.

A fortificação dos alimentos, que consiste na adição de vitaminas e minerais em produtos de consumo massivo, tem sido considerada a abordagem mais custo-efectiva e sustentável para prevenir a deficiência de micronutrientes em países de baixa renda. A secretária salientou a importância do controle da produção como meio de compreender os desafios associados à distribuição desses alimentos no país.

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“Esta monitorização é fundamental para gerar informações essenciais sobre o desempenho dos alimentos fortificados, bem como para auxiliar na identificação de marcas que cumpram os regulamentos da fortificação e rotulagem, respeitando as normas moçambicanas”, declarou.

Custódia Paúnde apelou à colaboração de organizações da sociedade civil, do sector privado e da comunidade em geral, enfatizando a partilha de conhecimentos, informações e recursos, com o intuito de alcançar resultados significativos na luta contra a deficiência de micronutrientes no país.

Enzama Wilson, representante do Programa Mundial de Comércio em Moçambique, destacou o papel das organizações da sociedade civil na educação do consumidor e na promoção de uma maior consciência acerca da importância da fortificação. “As organizações como a ProConsumers, universidades e instituições de pesquisa, têm um papel essencial neste processo”, sublinhou.

A Pull Strategy abrange a monitorização dos alimentos fortificados distribuídos e vendidos em supermercados, mercados, mercearias e lojas de atacado, assegurando que os consumidores beneficiem dos nutrientes incorporados. O objetivo do workshop é formar todos os participantes na implementação desta abordagem, visando a recolha eficiente e eficaz de dados.