O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma medida significativa que dobra as tarifas de importação de produtos oriundos da China, elevando-as de 10% para 20%.
Esta decisão foi formalizada através de um decreto presidencial, no qual Trump justifica a taxação como uma resposta à suposta falta de empenho da China em combater o fluxo de opióides sintéticos, como o fentanil, para o território norte-americano.
O comunicado oficial, disponível no site da Casa Branca, menciona que, “em reconhecimento do facto de a República Popular da China não ter tomado medidas adequadas para aliviar a crise das drogas ilícitas, a secção 2(a) da Ordem Executiva 14195 é alterada eliminando as palavras ‘10 por cento’ e inserindo em seu lugar as palavras ‘20 por cento’”.
Trump tem reiterado a sua posição proteccionista desde a sua campanha eleitoral, manifestando a intenção de impor tarifas a diversos países, com um foco particular na China. Além das novas taxas aplicadas sobre os produtos chineses, o presidente já havia estabelecido ordens para tarifas de 25% sobre importações provenientes do México e do Canadá, que também entrarão em vigor a partir de terça-feira, dia 4 de Março.
Em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump sublinhou: “As tarifas, você sabe, elas estão prontas. Elas começam a ser efectivas amanhã”. Este anúncio surge num contexto em que o presidente divulgava investimentos em tecnologia, revelando um plano mais abrangente para a economia norte-americana.
Adicionalmente, as novas políticas tarifárias dos Estados Unidos terão repercussões no Brasil, um dos principais exportadores de aço para o país. Aço e alumínio provenientes de qualquer origem sofrerão uma taxação de 25%, uma medida que poderá impactar significativamente as relações comerciais entre os dois países.
Na mesma conferência de imprensa, Trump fez referências a uma possível negociação sobre um acordo de livre comércio com a Argentina, elogiando o presidente argentino, Javier Milei, como “um grande líder” que está a realizar um “trabalho fantástico”. Contudo, o presidente norte-americano optou por não se comprometer com detalhes sobre futuras negociações comerciais.