O Governo do Reino Unido anunciou a suspensão do apoio bilateral ao Ruanda, em virtude das alegações de apoio do país ao grupo armado M23, activo no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde já faleceram mais de sete mil pessoas em decorrência do conflito.
A decisão foi comunicada pelo secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, que indicou que Ruanda recebe anualmente cerca de 40 milhões de dólares em ajuda bilateral do Reino Unido.
Em nota oficial, o Governo britânico garantiu que o congelamento do apoio não irá afectar os “mais pobres e vulneráveis” da população ruandesa. Contudo, as sanções poderão ser alargadas para incluir a suspensão do apoio ao treinamento militar na área da defesa.
As novas medidas, conforme comunicado citado pela BBC, permanecerão em vigor até que se verifiquem progressos significativos rumo ao fim da guerra e até que as tropas ruandesas se retirem da RDC. Esta decisão reflete uma postura firme do Reino Unido, que procura pressionar Ruanda a alterar o seu envolvimento no conflito.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores de Ruanda manifestou descontentamento com as “medidas punitivas” anunciadas pelo governo britânico, considerando-as lamentáveis e um reflexo de que o Reino Unido escolheu “claramente um lado” no conflito da RDC. Em sua declaração, o ministério enfatizou que tais medidas não contribuem para a resolução do conflito e não ajudam a alcançar uma solução política sustentável para a crise que afecta o leste da RDC.