O Papa Francisco, actualmente internado no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral, confirmou a existência de uma carta de renúncia ao cargo de líder da Igreja Católica, caso a sua saúde o impeça de desempenhar as funções papais.
Este documento, assinado há cerca de uma década, foi mencionado pelo pontífice durante uma entrevista ao jornal espanhol ABC em 2022.
“Assinei a renúncia e disse ao cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que, em caso de impedimento médico ou algo assim, ele teria a minha renúncia”, explicou o Papa Francisco, assegurando não ter receio da divulgação da existência da carta. “É por isso que estou contando, para saberem”, acrescentou, sem esclarecer o paradeiro do documento.
A saúde do Santo Padre tem sido uma preocupação crescente nos últimos dias. Internado desde a passada sexta-feira, o Papa foi inicialmente diagnosticado com bronquite, mas o quadro evoluiu para uma infecção polimicrobiana e, posteriormente, para pneumonia bilateral, um estado que os médicos consideram complexo e que requer tratamento intensivo. Como resultado, Francisco não participou da missa e da oração dominical, pedindo desculpas aos fiéis pela sua ausência.
Com 88 anos, o Papa Francisco já enfrentou diversas complicações respiratórias nos últimos tempos, levando-o a cancelar compromissos e a interromper a agenda em ocasiões anteriores, incluindo uma recente dificuldade de respiração durante uma missa. A sua participação em eventos programados para o próximo fim-de-semana também foi oficialmente cancelada, aumentando as apreensões sobre a sua saúde.