A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o estado de emergência de saúde pública internacional relacionado com o mpox, após a avaliação dos peritos do Comité de Emergência.
A decisão foi anunciada pelo director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que aceitou as recomendações dos especialistas reunidos na terça-feira.
Em comunicado oficial, a OMS destacou que o aumento contínuo dos casos e a dispersão geográfica da doença foram factores determinantes para a manutenção deste nível de alerta. Além disso, a violência no leste da República Democrática do Congo, que tem dificultado a resposta à epidemia, e a falta de financiamento para a implementação de um plano de resposta também foram mencionados como preocupações significativas.
Desde a declaração de emergência em Agosto de 2024, devido ao aumento de infecções pelo vírus mpox na República Democrática do Congo e a sua propagação para os países vizinhos, a OMS tem monitorado de perto a situação.
Esta emergência de saúde pública internacional, que já foi aplicada durante a pandemia de COVID-19, é declarada em resposta a eventos extraordinários que representam riscos para a saúde pública global e que exigem uma coordenação internacional na resposta.
Nos últimos 12 meses, até 16 de Fevereiro, 22 países africanos reportaram um total de 21.067 casos confirmados de mpox, incluindo 74 mortes, com a República Democrática do Congo, Burundi e Uganda a registarem o maior número de infecções.
Em Portugal, os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde indicam que, desde Maio de 2022, foram confirmados 1.210 casos de mpox, distribuídos por três surtos, com um total de duas mortes. A transmissão do vírus ocorre principalmente através do contacto próximo com pessoas infectadas, incluindo durante relações sexuais.