Internacional Colômbia enviará avião presidencial aos EUA para repatriar deportados

Colômbia enviará avião presidencial aos EUA para repatriar deportados

O governo colombiano anunciou a decisão de enviar um avião presidencial para assegurar o “retorno digno” dos cidadãos colombianos que serão deportados dos Estados Unidos. 

Esta acção foi comunicada pelo presidente Gustavo Petro, que também frisou a liderança do país nos debates sobre migração na próxima assembleia extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), agendada para a próxima quinta-feira (30).

“O governo da Colômbia, sob a direcção do presidente Gustavo Petro, disponibilizou o avião presidencial para facilitar o retorno digno dos compatriotas que chegariam hoje ao país nas primeiras horas da manhã, provenientes de voos de deportação”, lê-se no comunicado oficial emitido pelo Palácio presidencial.

A postura da administração de Gustavo Petro surge em resposta às acções do novo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem intensificado o combate à imigração ilegal e promovido a deportação de indivíduos que ingressaram no país de forma irregular.

Este endurecimento tem gerado tensões diplomáticas significativas, especialmente após o Brasil expressar a sua preocupação e exigir um tratamento humano para os seus cidadãos, muitos dos quais foram transportados de forma degradante.

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Em reacção a estas reivindicações, países como o México e a Colômbia começaram a recusar o desembarque de deportados em aviões militares estadunidenses, insistindo que os seus cidadãos sejam repatriados em voos comerciais e sem algemas. A Colômbia, em particular, sublinhou a necessidade de estabelecer um “protocolo para o tratamento digno” dos migrantes antes de aceitar o seu retorno.

A recusa colombiana em receber dois aviões militares dos EUA levou Trump a responder com medidas severas, incluindo a imposição de tarifas de 25% sobre as importações provenientes da Colômbia, a suspensão da concessão de vistos e o cancelamento de vistos de autoridades do governo de Petro.