A Catedral Nacional de Washington foi o palco de um culto inter-religioso que destacou a unidade nacional, com a presença do ex-presidente Donald Trump e de diversas figuras políticas, num momento em que o país enfrenta tensões sociais e políticas.
Durante a cerimónia, o reverendo Randolph Budde apelou à misericórdia de Deus para com as pessoas que se sentem assustadas neste momento, referindo a crença de Trump de que teria sido salvo por uma intervenção divina.
A administração Trump tem enfrentado críticas por suas políticas, incluindo ordens executivas que revogam direitos dos cidadãos transgénero e que endurecem as políticas de imigração, conforme reportou a agência Associated Press.
Ao regresso à Casa Branca, Trump demonstrou desdém pelo sermão proferido, afirmando: “Não foi muito emocionante, pois não? Não achei que fosse um bom serviço.”
O culto, que contou com a presença de Trump, do vice-presidente J.D. Vance e do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, teve como objectivo promover a unidade em tempos de divisão. Budde salientou que a reunião não visava apenas um acordo político, mas sim uma verdadeira unidade que celebra a diversidade.
A cerimónia, que não contou com a presença de líderes evangélicos conservadores como oradores, mas teve alguns de seus apoiantes na assistência, incluiu a participação de mais de uma dúzia de líderes religiosos de diferentes tradições, como as judaica, muçulmana, budista e hindu.
A Catedral Nacional já acolheu dez cerimónias de tomada de posse de presidentes desde 1933, mas esta teve um enfoque distinto, sublinhando a necessidade de união em vez de uma celebração da nova administração.
O cantor de ópera Christopher Macchio, que é conhecido por interpretar canções favoráveis a Trump, foi a única presença que pareceu feita à medida do ex-presidente, ao cantar “Ave Maria” e hinos como “How Great Thou Art” e “Hallelujah”, este último de Leonard Cohen.