O Ministério da Saúde (MISAU) emitiu um comunicado na semana passada informando que a taxa de positividade do vírus da influenza em Moçambique aumentou de 12% para 20% nas últimas duas semanas de dezembro. No entanto, o documento afirma que não há aumento de casos nas unidades sanitárias.
O diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, disse ao jornal “Domingo” que os casos de gripe em Moçambique não estão relacionados com a epidemia que atinge a Europa, incluindo Portugal. “Um ou outro caso pode vir de lá, mas os casos dominantes são de dentro do nosso país”, disse.
Gudo também disse que não há evidências de que tenha surgido uma nova vaga de covid-19 em Moçambique.
As infecções respiratórias agudas, também conhecidas como síndromes gripais, são causadas principalmente por vírus respiratórios, tais como a influenza, o vírus sincicial respiratório e o SARS-CoV-2, este último associado à covid-19.
Cada tipo de vírus causador das infecções respiratórias agudas tem a sua época específica de maior circulação. Nas últimas semanas, tem ocorrido uma maior circulação de influenza quando comparado com os outros vírus. O atual sistema de vigilância reporta que o vírus de influenza é mais predominante na epidemiologia da síndrome gripal em Moçambique. Este facto é concordante com a situação epidemiológica mundial.
O MISAU recomenda que as pessoas que apresentam sintomas de gripe, como febre, tosse, dor de garganta e dores musculares, procurem atendimento médico.