A polícia equatoriana anunciou a detenção de 68 suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa que tentava apoderar-se de um hospital onde se encontrava um dos membros.
O incidente ocorreu no domingo, na cidade de Yaguachi, na província de Guayas, no sudoeste do país. Os atacantes pretendiam “proteger um membro ferido da organização”, que havia sido admitido no hospital.
A polícia apreendeu também armas de fogo e droga no local. Um “centro de reeducação” clandestino, onde “estavam escondidos” presumíveis membros da organização, foi igualmente alvo de buscas.
A tentativa de assalto ao hospital é mais um episódio de violência no Equador, que tem sido abalado pela guerra entre gangues.
Nos últimos anos, o país tem registrado um aumento significativo da criminalidade, com a taxa de homicídios a passar de seis para 46 por 100 mil habitantes, no ano passado.
O tráfico de drogas é um dos principais fatores que contribui para a violência no Equador. O país está situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína.
Em resposta à escalada da violência, o Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência e declarou o país “em guerra interna” contra as gangues.
A Comunidade Andina das Nações (CAN) também está a tomar medidas para combater o crime organizado no Equador. No domingo, os ministros dos Negócios Estrangeiros, do Interior e da Defesa da CAN anunciaram a criação da primeira “rede andina de segurança” contra o crime organizado.
Esta rede garantirá “um serviço 24 horas por dia, sete dias por semana, para fornecer e receber informações e/ou solicitar informações a outros países (…) sobre a atividade de grupos criminosos que têm, ou podem ter, operações transnacionais”, afirmaram os ministros.
A criação da rede andina de segurança é um passo importante para combater o crime organizado no Equador. No entanto, é necessário que as autoridades equatorianas e os países vizinhos trabalhem em conjunto para implementar medidas eficazes para combater a violência.