É uma assunção feita, esta segunda-feira, na cidade de Blantyre, no Malawi, pela secretária principal do Ministério malawiano dos Transportes e Obras Públicas, na abertura da reunião da Comissão Conjunta dos Transportes e Comunicações de Moçambique e Malawi.
Na ocasião, Madalo Nhambose asseverou que o porto de Nacala é a aposta mais segura para a importação e exportação de produtos comerciais do Malawi, quando comparado com os portos de Dar-es-Salam, na Tanzania, e Durban, na África do Sul, em termos de distância e custo/benefício.
Com capacidade de manusear um volume de carga de 252 mil TEU’s/ano, a aposta pelo Porto de Nacala, recentemente reinaugurado pelo presidente de Moçambique Filipe Nyusi, vai levar o país a abandonar aos poucos a importação de combustíveis por via rodoviária, tendo como opção o transporte ferroviário.
De acordo com a Rádio Moçambique, para o secretário permanente do Ministério moçambicano dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe, condições para a flexibilização do negócio para o desenvolvimento dos dois países através do uso do Corredor de Desenvolvimento de Nacala já foram criadas, com a assinatura do acordo rodoviário e ferroviário trilateral, Moçambique, Malawi, Zâmbia.
Sitoe acredita que a reunião bilateral de cinco dias, em curso na cidade de Blantyre, vai trazer bons indicadores económicos para os dois países, que querem servir de ponte para a criação da competitividade comercial e atracção de investimentos estrangeiros na África Austral.
Altos funcionários dos dois ministérios estão a discutir o aumento das exportações via Beira e Nacala, o estabelecimento de portos secos nos dois pontos para facilitar o manuseamento de carga para o Malawi, a reintrodução da Comissão Permanente Conjunta do Transporte Rodoviário e a ligação aérea directa entre os dois países.