Internacional Hong Kong regista primeira morte associada à febre chikungunya

Hong Kong regista primeira morte associada à febre chikungunya

As autoridades de Hong Kong informaram sobre a primeira morte relacionada com o vírus chikungunya, após um surto na província vizinha de Guangdong. 

O Centro para a Proteção da Saúde (CHP) da região revelou que um homem de 77 anos, que já padecia de uma condição crónica, faleceu na quinta-feira.

O falecido tinha visitado Cantão, capital da província de Guangdong, entre 30 de Setembro e 13 de Outubro. Após o seu regresso a Hong Kong, começou a apresentar febre e dores nas articulações, sintomas que se agravaram, levando ao seu internamento nos cuidados intensivos do Hospital Ruttonjee, onde acabou por falecer devido a complicações provocadas pelo vírus, incluindo falência múltipla de órgãos.

Neste ano, Hong Kong registou um total de 42 casos da doença provocada pelo vírus chikungunya, todos classificados como infecções adquiridas fora do território. O vírus, transmitido por mosquitos, causa febre e dores articulares, apresentando sintomas semelhantes aos da dengue e afectando especialmente crianças, idosos e indivíduos com condições de saúde pré-existentes.

O CHP destacou que, embora a infecção esteja raramente associada a sintomas graves e tenha uma taxa de mortalidade inferior a 0,1%, os indivíduos considerados de alto risco devem procurar assistência médica imediata em caso de sintomas.

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Em resposta ao surto, as autoridades de saúde de Hong Kong intensificaram as medidas de prevenção nas áreas afectadas, incluindo a aplicação de pesticidas para eliminar mosquitos em zonas de risco. As escolas implementaram estratégias para controlar águas estagnadas, locais propícios à reprodução de mosquitos, e a vigilância nas fronteiras foi reforçada.

A nível global, entre Janeiro e Setembro, foram reportados cerca de 445.300 casos suspeitos ou confirmados de chikungunya, resultando em 155 mortes em 40 países, conforme dados da Organização Mundial de Saúde. Na China continental, perto de 16.500 casos foram registados até ao final de Setembro, com medidas rigorosas a serem implementadas nas cidades de Foshan e Jiangmen, próximas de Hong Kong e Macau. Em Portugal, o mosquito Aedes Albopictus, responsável pela transmissão de várias doenças, foi encontrado em várias localidades ao longo deste ano.