Destaque Família Dhlakama ameaça processar Sibindy

Família Dhlakama ameaça processar Sibindy

A família de Afonso Dhlakama, falecido presidente do partido da oposição em Moçambique, a Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), afirma-se “chocada” pelo político Yaqub Sibindy ter fundado uma aliança política com o nome Coligação Eleitoral Afonso Dhlakama (CEAD).

O irmão mais novo de Dhlakama, Elias Dhlakama, general reformado das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), citado pela agência noticiosa alemã DW, diz que a família considera este uso não autorizado do nome de Dhlakama como “uma agressão moral e psicossocial”.

Elias Dhlakama suspeita que Sibindy deseja usar o nome do seu irmão para resgatar a sua imagem e a da sua formação política, o Partido Independente de Moçambique (PIMO).

O general considera Sibindy “um político falido” e acusa-o de proximidade com o ex-Presidente Armando Guebuza: “Yaqub era constante no palácio e trocava camisetas com Guebuza, tratando a política como se fosse um clube de futebol”, afirmou.

Yaqub Sibindy é sobrinho do ex-líder da RENAMO. Mas Elias Dhlakama diz que nem mesmo os filhos estão autorizados a usar nome do finado para questões políticas. E avisa que vai recorrer a tribunais, caso o líder do PIMO insista em avançar. “Afonso Dhlakama não é um instrumento, e nós queremos respeito”, disse.

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General na reserva, Elias Dhlakama é membro sénior do principal partido da oposição em Moçambique. Foi candidato à liderança da RENAMO, mas perdeu a posição para Ossufo Momade. Dhlakama pretende voltar a concorrer à liderança no próximo congresso.