Moçambique foi eleito por unanimidade, esta quinta-feira, membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, para ser eleito, eram necessários apenas 129 votos, que representam dois terços dos eleitores, mas o nosso país consegiu, ao todo, 192 votos dos 192 possíveis, uma vez que a Venezuela, que é o 193º país-membro das Nações Unidas, foi impedida de votar por falta de pagamento de quotas.
Esta é a primeira vez que o país lusófono ocupa o assento.
Com Moçambique foram, também, eleitos Equador, Japão, Malta e Suiça.
Os novos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU ocupam as posições a partir de 01 de janeiro de 2023 e o mandato terminará a 31 de dezembro de 2024.
O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse já que o país vai tentar contribuir para a construção da paz no mundo, defendendo o diálogo e o multilateralismo.
Na sua declaração após a eleição, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, disse que Moçambique será a voz de África no Conselho de Segurança, uma vez que teve a sua candidatura endossada pela União Africana e que vai cumprir o seu mandato seguindo as seguintes prioridades: “o reforço do multilateralismo, do diálogo permanente e da resolução pacífica dos conflitos como o mecanismo privilegiado para o alcance da paz duradoura e sustentável. O combate às ameaças de segurança, incluindo o terrorismo, o extremismo violento, a pirataria marítima, o tráfico de drogas e de seres humanos, o fortalecimento global da resposta aos efeitos das mudanças climáticas são outras prioridades que o país vai perseguir”, mas também consta o impulso do cumprimento da Agenda do Desenvolvimento Sustentável, a advogacia da reforma do Conselho das Nações Unidas alicerçada nos consensos de Ezulwini e a promoção da equidade do género.
A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação agradeceu ainda a todos os países-membros das Nações Unidas que depositaram a sua confiança na candidatura de Moçambique, bem como os seus pares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA) que preferiram avançar para a eleição com apenas um único candidato.