Destaque Biden defende expulsão da Rússia do G20, grupo dos países mais ricos

Biden defende expulsão da Rússia do G20, grupo dos países mais ricos

Na primeira fala após a reunião de cúpula da Otan, em Bruxelas, na Bélgica, na quinta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o líder russo, Vladimir Putin, fracassou na investida contra o Ocidente.

Biden defendeu a expulsão da Rússia do G20, grupos dos países mais ricos do mundo. A Polônia, país integrantes da Otan e que faz fronteira com a Ucrânia, propõe a medida como forma de isolar e enfraquecer Putin.

“Ficou claro que ele achou que a gente não conseguiria manter essa coesão. Ele conseguiu o resultado exatamente oposto”, concluiu o líder norte-americano.

Na quinta, a guerra completa um mês, e os líderes da Otan estão reunidos em Bruxelas para avaliar novas medidas que possam acelerar o fim da guerra. Foi justamente o desejo da Ucrânia de entrar na organização que deu a Putin o motivo para a invasão russa, em 24 de Fevereiro.

Biden comentou brevemente a situação das negociações de paz entre russos e ucranianos. As conversas estão estagnadas. “A Ucrânia que deve decidir se cede território [nas negociações, como forma de conseguir um acordo de paz]”, resumiu.

O presidente dos EUA também anunciou que será criado um sistema de monitoramento para registrar e punir pessoas e países que violem as sanções econômicas contra a Rússia.

Biden não deu detalhes sobre o projeto, mas insinuou que ele entrará em funcionamento em breve. ” Vamos criar um sistema que possa monitorar quem viola as sanções”, adiantou. Biden afirmou que o mundo corre o risco de sofrer com a falta de alimentos por causa da guerra.

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Biden confirmou que os Estados Unidos irão acolher 100 mil refugiados ucranianos e oferecer US$ 1 bilhão em ajuda humanitária ao país.

Além disso, Biden deixou recados político-diplomáticos. Ele alertou que os países aliados estão preparados para responder em caso de uso de armas nucleares, químicas e biológicas. Afirmou apenas que a forma de resposta dependerá de como for esse hipotético ataque russo.

Outra mensagem foi direcionada a nações apoiadoras da Rússia, como Belarus e China. “Haverá consequências”, frisou.

Antes da entrevista de Biden, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou formalmente a Rússia de usar bombas de fósforo contra crianças. O país já havia feito esse tipo de avaliação sobre a atuação das tropas de Vladimir Putin, mas não de forma enfática.

Zelensky levou a denúncia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na reunião desta quinta.

“Nesta manhã, houve ataques com bombas de fósforo, e novamente morreram crianças, além de adultos”, frisou o líder ucraniano, participando por vídeo.

As bombas de fósforo são semelhantes a armas incendiárias e causam graves ferimentos. Elas são compostas por substâncias solúveis em gordura e, assim, provocam queimaduras profundas.

Caso fragmentos entrem na corrente sanguínea, pode haver falência múltipla de órgãos, e feridas já cobertas podem reabrir quando os curativos são retirados e o local fica exposto ao oxigênio.