Sociedade Chefe de Estado desafiou gestores públicos a dedicarem-se ao combate da corrupção

Chefe de Estado desafiou gestores públicos a dedicarem-se ao combate da corrupção

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou os governadores, secretários de Estado nas províncias e gestores autárquicos a se distanciarem da corrupção, combatendo o fenómeno que entrava o desenvolvimento nacional.

Filipe Nyusi falava na abertura do I Conselho Nacional de Coordenação Descentralizada Provincial e Sectores do Nível Central, evento que decorreu na quarta-feira, em Maputo.

Na ocasião, o estadista afirmou que em 2020, por exemplo, foram instaurados no país 1.280 processos contra 911 do ano anterior, verificando-se uma subida de casos de corrupção registados e 369 instruídos.

O Chefe de Estado citou estatística de percepção da corrupção no sector público da transparência internacional referente a 2020, altura em que foram avaliados 180 países.

Nesta base estatística, Moçambique encontra-se na lista dos países altamente corruptos, com 25 pontos, juntando-se a nações como Camarões, Zimbabwe, Madagáscar, Nigéria, e outros.

Dirigindo-se aos governadores provinciais, secretários de Estado nas províncias, e presidentes das autarquias, Nyusi persuadiu-os a intensificar e aprofundar o conhecimento da legislação e das regras de organização e funcionamento dos órgãos descentralizados, bem como o desenvolvimento de acções que definem as boas práticas de governação.

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No encontro, Nyusi disse ficar “chateado” quando edis, directores e outras figuras públicas se envolvem em corrupção. Por isso, recomendou aos gestores a aprimorarem o uso de procedimentos, para evitar situações de falta de supervisão, e fiscalização.

De referir que os tipos legais de crime mais frequentes em Moçambique são a corrupção activa, seguida da corrupção passiva para acto ilícito, peculato, e abuso de cargo ou função.