Internacional EUA impõem sanções contra empresas chinesas por alegadas violações dos direitos humanos

EUA impõem sanções contra empresas chinesas por alegadas violações dos direitos humanos

Os Estados Unidos impuseram na terça-feira (21) sanções comerciais a 11 empresas chinesas que acusam de estarem envolvidas em violações dos direitos humanos de membros de minorias étnicas de origem muçulmana do noroeste da China.

A decisão aumenta a pressão dos EUA sobre Pequim na questão de Xinjiang, onde o Partido Comunista Chinês é acusado de exercer uma campanha de detenções em massa, trabalho forçado e outros abusos contra uigures e cazaques.

O Departamento de Comércio disse que as 11 empresas passaram a fazer parte da sua Lista de Entidades, o que limitará o seu acesso a produtos e tecnologia norte-americanos.

Esta ação garante que os nossos bens e tecnologias não serão usados na ofensiva desprezível do Partido Comunista Chinês contra as indefesas populações minoritárias muçulmanas”, afirmou o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, em comunicado.

A China deteve cerca de 1 milhão ou mais de membros de minorias étnicas muçulmanas em campos de doutrinação política. Pequim descreve as instalações como campos de treino vocacional destinadas a combater o extremismo islâmico e tendências separatistas.

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As autoridades chinesas asseguram que as instalações já foram encerradas, uma reivindicação que é impossível de confirmar, visto que as visitas a Xinjiang são altamente restringidas. Antigos detidos e familiares contam que foram forçados, muitas vezes com a ameaça de violência, a denunciarem a sua religião, cultura e idioma e a jurarem lealdade ao líder do Partido Comunista e ao Presidente chinês, Xi Jinping.