Um juiz desembargador do estado brasileiro do Amazonas que participava em acções de combate ao abuso sexual de crianças está a ser acusado de violar durante anos a própria neta, agora com 15 anos.
De acordo com a denúncia feita ao Ministério Público pela mãe da menina, a advogada Luciana Pires, ex-nora do magistrado, a filha foi violada pelo avô juiz dos sete aos 14 anos de idade. “Não tem coisa pior do que um pedófilo violando a nossa filha. Pior do que isso, um pedófilo que é avô da vítima. Eu cozinhava para ele, eu cedia-lhe o meu quarto.
E, enquanto eu fazia o almoço para ele, ele abusava da minha filha no quarto”, desabafou Luciana quarta-feira numa rede social, depois de comunicar o caso à polícia.
Segundo ela, foi a própria filha que, no passado dia oito, lhe disse que tinha uma coisa muito importante para lhe falar, que guardava há muito tempo, mas que não conseguia esconder mais, e contou dos abusos. Ainda de acordo com a advogada, a filha garantiu que o avô começou a abusar dela quando ainda era criança, aos sete anos, e que a molestou sexualmente até pouco tempos atrás, quando ela tinha 14.
O acusado, o desembargador Rafael Araújo Romano, de 72 anos, negou através do seu advogado que tenha alguma vez molestado a própria neta, e avançou que não faria mais qualquer comentário sobre o assunto para não expor ainda mais a adolescente, que, segundo ele, já estava a ser exposta pela mãe.
O desembargador comandou durante anos a Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas, cargo no qual combatia abusos sexuais de crianças e adolescentes, e celebrizou-se ao decretar a prisão de empresários e políticos famosos no estado que molestaram menores.
CM