Destaque Zuma responde a Mia Couto

Zuma responde a Mia Couto

O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, reconhece a contribuição do povo moçambicano na luta contra o regime “aparheid” e considera o mesmo país a sua segunda casa. Entretanto, para o estadista, o aumento da imigração ilegal, à criminalidade e concorrência pelos postos de trabalho são factores que estão por de trás da onda de violência xenófoba contra cidadãos estrangeiros na África do sul.

Em resposta a carta aberta do escritor moçambicano Mia Couto, em reivindicação a vaga de violência xenófoba contra cidadãos estrangeiros, o presidente sul-africano, Jacob zuma, salientou que jamais se esquecerá do apoio que Moçambique concedeu há anos. “Não posso esquecer-me da amizade que Moçambique concedeu aos meus camaradas e a mim pessoalmente. Na verdade, Moçambique tornou-se na minha segunda casa e mantém-se como minha casa”.

Quanto a situação xenófoba, o estadista justificou na última sexta-feira nesta carta que há algumas queixas e problemas que cidadãos sul-africanos levantam e que precisam ser ponderadas.

Essas queixas relacionam-se com estrangeiros não documentados, tráfico de droga e de órgãos humanos, assim como imigrantes ilegais que aceitam salários mais baixos o que faz com que os empregadores prefiram os estrangeiros que os nativos.

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“Nenhuma destas queixas justifica qualquer forma de violência contra estrangeiros e que não será tolerada pelo Governo. Nem todos os imigrantes estão ilegais e nem todos estão envolvidos em actividades criminosas”, justificou.

Por outro lado, Zuma reconhece a dor e lamentação de Mia Couto, e garante que o seu país trabalha incansavelmente desde 1994 para reverter a herança do colonialismo do apartheid.