O mercado grossista do Zimpeto, na cidade de Maputo, enfrenta crise da falta de produtos frescos, facto que deve-se por a maior parte dos produtos serem adquiridos na vizinha África do Sul.
Para além das obrigações financeiras na importação e as longas viagens de cá para terra do rand e vice-versa, a falta de produtos está associada às chuvas que caem naquele país, criando como consequência um défice no processo de colheita e limitação do acesso aos pontos de aquisição.
Para o administrador do mercado, Moisés Covane, o nível de estradas de camiões com mercadorias baixou de forma significativa nos últimos dias, comparativamente ao que se registou em Janeiro e meados de Fevereiro, período em que a oferta contava com a participação de produtores locais.
Segundo Covane, entre terça e quarta-feira, verificaram-se apenas 25 camiões de tomate contra os mais ou menos 40 habituais para suprir as necessidades.
No mesmo espaço, somente 10 camiões de batata chegaram no mercado contra os 25 com os quais se assegurava uma boa oferta.
Como resultado desta crise de produtos, regista-se a subida de preços, particularmente de tomate que já anda aos 500 meticais a caixa, referenciando que os preços variam a partir de 350 meticais.
Em relação à batata Reno, mantém-se o preço de 150 a 160 meticais o saco. Entretanto, a fonte receia que se eleve o preço da batata pois a oferta escasseia.
Apesar de ser importada em volumes pequenos, a cebola é um dos produtos que até ontem não registou ruptura naquele ponto de comércio. Ao que se pode concluir que haviam quantidades satisfatórias de modo a responder a procura, facto que foi garantido pelo chefe do mercado.
Importa referir que as importações começaram a ganhar proporções em finais de Janeiro, diferente do que se verificou em Dezembro passado, em que fazia-se sentir maioritariamente a produção Nacional.