O chefe da delegação do Governo no diálogo político sobre a cessação das hostilidades militares no país, José Pacheco, acusa a Renamo de movimentar cerca de 20 homens armados da província de Niassa, norte do país, para o sul sem o consentimento do executivo.
Com o efeito, o chefe da delegação do governo reitera que, a actual digressão política efectuada pelo líder da Renamo, Afonso Dlhakama, tem se caracterizado pela disseminação de mensagens hostis para as populações, chamando a isto de incitação à violência, facto que para Pacheco, viola o acordo sobre a cessação das hostilidades militares recentemente assinado entre o Presidente da República, Armando Guebuza e o líder da perdiz, Afonso Dlhakama.
Segundo Pacheco, o acordo está a ser violado pelo presidente da Renamo nas suas deslocações às várias províncias, num acto premeditado e reiterado de incitação à violência.
“Repudiamos esse comportamento e, mais uma vez, apelamos ao presidente da Renamo a observar a nossa Constituição da República e que assuma e respeite os compromissos que ele próprio assinou”, disse.
Pacheco, além de acusar Afonso Dlhakama de transmitir mensagens hostis à população nos seus comícios, denunciou também que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) interpelaram recentemente, cerca de 20 homens das forças residuais da perdiz, provenientes da província do Niassa, quando atravessavam em direcção a região sul do país.