O diálogo político entre o Governo e a Reanamo, nesta que foi a 87ª ronda, foi caracterizada mas uma vez, por um impasse entre partes, devido ao modelo que poderá se utilizar para a integração dos homens residuais do partido comandado pelo Afonso Dlhakama.
Nesta 87ª ronda do diálogo político entre o Governo e a Renamo, no que tange a integração dos homens residuais da perdiz, ainda não se encontrou nenhuma saída para se ultrapassar este ponto, visto que, as partes apenas tem trocado acusações.
O Governo exigiu, mais uma vez, que a Renamo, apresentasse o número dos seus homens para serem integrados nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) no âmbito do acordo de cessação das hostilidades.
Segundo o chefe-adjunto da delegação do executivo, Gabriel Muthisse, o que está em causa neste impasse, é o modelo que a Renamo não quer apresentar o número dos seus homens para serem integrados nas FDS. “O modelo que eles referem é uma máscara para aquilo que a Renamo chama partilha do comando das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Estão a exigir paridade nas FADM. Nós não somos favoráveis a que um exército de um país se organize com base em cores partidárias”, disse.
Apesar dos impasses, Muthisse garantiu que, se a Renamo elaborar um modelo que não inclua partilha ou paridade dentro das forças armadas nós poderemos avaliar. Mas enquanto a questão do modelo aparecer como máscara, nós não concordaremos”.
“Esta posição é negativa. Queremos que seja respeitado o princípio de partilha de responsabilidade a nível das FADM e da Polícia moçambicana. É difícil compreender como é que os nossos irmãos ficaram mais de vinte anos no exército sem nenhuma ordem de serviço a reconhece-los como tal”, lamentou o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane.
Aliais, a Renamo disse ainda que, muitos oficiais praticamente todos da Renamo, integrados no âmbito do Acordo Geral da Paz (AGP) não tiveram até aqui ordens de serviço por se considerar que as suas patentes não foram atribuídas pelo governo.
Num outro desenvolvimento, Macuiane disse acrescentando que, começa a existir uma “luz no fundo do túnel” para o desfecho positivo do processo de enquadramento dos homens oficiais provenientes do seu partido no Exército. “o enquadramento é no sentido de se respeitar o princípio de partilha de responsabilidades ao nível das FADM e da Polícia”, garantiu.