Os Chefes das delegações do Governo e da Renamo, nomeadamente José Pacheco e Saímone Macuiane, respectivamente, pediram mais responsabilidades a equipa de observadores militares internacionais que acompanhará o processo de implementação das hostilidades militares já em curso.
A equipa de observadores militares composta por 93 peritos militares, dos quais, 23 internacionais, 70 nacionais divididos em dois grupos, 50 por cento pertencem a força política da Renamo e a outra parte do Governo, poderão discutir assuntos militares.
Para o efeito, na cidade de Maputo, já foi instalado um comando central com sub-comandos nas províncias de Inhambane, Sofala, Tete e Nampula, onde os peritos militares chefiados pelo brigadeiro do Botswana, Therego Tseretse, poderão juntos com a equipa composta por militares do Governo e forças residuais da Renamo, encontrar melhores estratégias para implementar os documentos sobre a cessação das hostilidades militares em prática.
Neste âmbito, o chefe da delegação da Renamo, Saímone Macuiane, reiterou o compromisso para fazer cumprir todos os entendimentos alcançados, acreditando, que este propósito abre uma nova história para o país, usando esta oportunidade como o reencontro entre a família moçambicana, com vista a uma verdadeira reconciliação, considerando deste modo, como uma condição para o alcance de uma paz duradoira e genuína.
“O acompanhamento da comunidade internacional neste processo, é fundamental para não voltarmos a situação que se deu após a declaração de paz, assinado em Roma, em 1992”, referiu Macuiane.
E por seu turno, o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, a principal missão da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), é de observar, monitorar e garantir a implementação do processo de cessação das hostilidades militares. “Iniciar o processo de inserção dos homens residuais da Renamo na Polícia da República de Moçambique (PRM) e nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), bem como, iniciar o processo de reinserção no processo social e económico.
“Garantir que nenhum partido possa se manter homens armados e nem armas de fogo, reconhecemos que a missão da EMOCM é complexa e delicada, porém apelamos que se assegure a materialização dos objectivos, tendo em conta o período estipulado nos termos de referências, de 135 dias”, apelou Pacheco.