O candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, provisoriamente, sagrou-se vencedor na corrida das V eleições realizadas na passada quarta-feira (15), para a cidade de Maputo, numa vantagem retumbante, em relação aos seus adversários. E para a Comissão Provincial de Eleições (CPE), as mesmas foram justas e transparentes.
Segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (20), pela CPE, para Cidade de Maputo, Filipe Jacinto Nyusi e o respectivo partido, Frelimo, são vencedores, com os seguintes resultados: presidência da República, com cerca de 287,674, correspondente a 68.84 por cento, e o partido Frelimo referente a candidatos a Assembleia da República, 257,829, com 62.69 por cento.
Ainda no concernente às V eleições Gerais e II Legislativas, o candidato do partido Renamo, Afonso Dlhakama, encontra-se em segundo lugar com uma margem de 86,326 votos, o que corresponde a 20.66 por cento, e para a candidatura a Assembleia da República, a Renamo, arrecadou 82,447 votos, com 20.05 por cento. E o candidato presidencial para o MDM, Daviz Simango, na mesma dianteira, mas em terceiro lugar, obteve 43,868, correspondente a 10.50 por cento, e para a AR, obteve 64,490 eleitores, numa margem de 15.68 por cento.
Um processo que iniciou no ano passado com a realização do recenseamento eleitoral de raiz que inscreveu 614.671 cidadãos eleitores, e o de actualização, que registou 94.141 eleitores, tendo apontado para um aumento de 13.3 por cento. Ao todo, a cidade conseguiu registar 708.812 cidadãos eleitores, o correspondente a cerca de 95 por cento dos potenciais eleitores da urbe.
O processo envolveu cerca de 27 partidos no total, inscritos naquele círculo eleitoral que concorriam à eleição legislativa e três candidatos à eleição presidencial.
Segundo o Presidente da Comissão Provincial de Eleições, Victor Miguel, todos estes intervenientes realizaram a campanha eleitoral num ambiente de festa e tranquilidade, sem registo de incidentes. “Por isso, congratulamos os partidos políticos e coligações políticas, a sociedade civil, bem como a população, por terem demonstrado um comportamento exemplar, que mostra harmonia entre os moçambicanos, apesar de seguirem ideologias diferentes”, rematou.
Victor, lamentou o facto de alguns partidos terem submetido tarde os seus documentos para a credenciação dos seus delegados de listas. “Lamentamos o facto dos partidos políticos terem submetido fora de prazo os pedidos de credenciação dos seus delegados de listas, facto que criou Constrangimento no processo de votação”, o presidente, disse acrescentando que, mesmo assim, autorizou que, todos os que encontravam-se nesta situação, trabalhassem no mesmo dia, mesmo sem credenciais.
No que tange, a análise do processo de votação, para a CPE, decorreu com normalidade, onde as mesas foram abertas à hora prevista, salvo casos em que algumas foram obrigadas a iniciar o processo com ligeiro atraso.
“É de salientar que nesta eleição tivemos uma participação de eleitores que ascende os 60 por cento inscritos nos nossos cadernos eleitorais. O nível de abstenção está próximo dos 40 por cento, uma cifra relativamente melhor em relação ao processo anterior em que situamo-nos na ordem dos 50 por cento. Em suma, todo o processo decorreu sem sobressalto e num clima de paz”, considerou o pelouro máximo daquela urbe.
