O grupo dos observadores militares internacionais, cuja responsabilidade é monitorar o processo de implementação do acordo de cessação das hostilidades militares, começa a trabalhar na próxima terça-feira, dia 30 de Setembro.
O facto foi anunciado à Imprensa nesta segunda-feira (22) no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, na capital do país, pelo chefe da delegação do Governo José Pacheco, no final da septuagésima oitava (78ª) ronda do diálogo político.
No total, são 23 os observadores militares internacionais de nove países que estarão envolvidos na monitoria do processo de implementação prática do acordo de cessação das hostilidades, homologado dia 05 de Setembro corrente pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo dirigente da Renamo, Afonso Dhlakama.
Trata-se da África do Sul, Botswana, Cabo Verde, Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Itália, Portugal, Quénia e Zimbabwe, cujos peritos militares deverão se juntar a 70 oficiais moçambicanos para se encarregarem do processo de integração dos elementos da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia da República de Moçambique (PRM), bem como de inserção social e económica daqueles que não reunirem aptidões físicas ou psíquicas para o efeito e assegurar que no final nenhum partido político estará armado em Moçambique, ao abrigo da lei.
O chefe da delegação governamental afirmou que os observadores internacionais vão iniciar formalmente o seu trabalho de monitoria na próxima semana pois já estão criadas todas as condições logísticas e de segurança para que o trabalho decorra sem sobressaltos.
“Com isso não quero dizer que o trabalho dos observadores não iniciou mas formalmente começa na próxima semana uma vez que ja terão finalizado os últimos detalhes”, disse.
De referir que os observadores vão monitorar o processo durante 120 dias.