Destaque Fumo branco da paz veio para ficar

Fumo branco da paz veio para ficar

Perante os acordos rubricados nesta sexta-feira (05), pelos dignitários do Governo e Renamo, os mediadores nacionais que participarão e acompanharam o processo, acreditam que o “fumo branco da paz”, veio para ficar, em Moçambique, e que as partes vão cumprir no espírito e na letra aquilo que foi acordado no Centro de Conferencia Joaquim Chissano (CCJC).

Face aos acordos assinados entre Guebuza e Dlhakama, os mediadores nacionais que tanto lutaram para acautelar as partes nos momentos mais difíceis que Moçambique passou depois dos acordos de paz assinados em Roma (1992).

Entretanto, durante os momentos em que estas hostilidades atingiram o auge, os mediadores, confissões religiosas, a Sociedade Civil, incluindo a comunidade internacional tiveram um papel preponderante para que finalmente o Governo e a Renamo deixassem as armas e pautassem pelo dialogo, para o restabelecimento da estabilidade politica e a concórdia nacional dos moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico.

Falando o chefe da equipa dos mediadores nacionais no diálogo, professor doutor Lourenço de Rosário é da opinião de que se transfira o diálogo que decorria no centro de conferência Joaquim Chissano para as comunidades, para que todos continuem no diálogo, “afinal precisamos realmente de ter um movimento de reconciliação nacional, para que esta paz continue e transborde. É uma oportunidade de grande responsabilidade para todos nós moçambicanos, mostrarmos que temos esta capacidade e vamos implementar”.

Recomendado para si:  Presidente de Madagáscar denuncia tentativa de golpe de Estado no país

O académico considera também que acordo assinado, mostra os termos e garantia que o compromisso dos dois lideres perante a comunidade internacional e a todo o povo moçambicano, que vão cumprir no espírito e na letra aquilo que foi acordado no CCJC.

No seu turno, outro mediador, Dom Dinis Sengulane, diz que, com a vinda dos peritos militares estrangeiros que vão monitorar o processo de reasentamento das tropas e a sua integração nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), poderão garantir que o pós eleitoral não traga outras leituras.

“Aliais, o que está no texto das garantias que não se deve criar outras situações de intricação dessas leis, portanto, este pequeno sinal está no acordo assinado entre os líderes que se comprometem a cumprir perante o povo moçambicano e a comunidade internacional”, vincou a fonte.