Destaque Cerca de 461 elefantes foram abatidos no período de 2012/14

Cerca de 461 elefantes foram abatidos no período de 2012/14

De acordo com dados em poder do Administrador do Parque Nacional Limpopo, António Abacar, no período de 2012 a 2014, cerca de quatrocentos e sessenta e um, Rinocerontes (461) foram mortos por caçadores furtivos, em Limpopo, e 75 por cento das incursões registadas tem como origem as zonas fronteiriças.

Os dados foram tornados públicos nesta segunda-feira (22), na sessão de abertura do seminário sobre a caça furtiva em Moçambique. O mesmo tem como objectivo principal de suscitar uma reflexão sobre o problema da caça furtiva no país e mecanismos eficazes a adoptar para o seu combate, com um maior envolvimento e acções coordenadas entre as instituições da Administração da Justiça, autoridades institucionais competentes e a sociedade em geral.

No concernente, a caça furtiva, o Administrador do Parque Nacional Limpopo, António Abacar, salientou que, aproximadamente 75 por cento dos casos de incursões da caça furtiva tem como origem na parte leste da fronteira.

Estas incursões, provocaram a morte de quatrocentos e sessenta e uma cabeças de rinoceronte, em apenas dois anos, 2012 e 2014, e em 2013, em todo o país, foram aprendidos 20 chifres, e ainda no primeiro trimestre deste ano, foram aprendidos 6 chifres, no Aeroporto Internacional de Mavalane.

Falando a Procuradora Geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, disse que, a caça furtiva constitui uma grande preocupação para o Estado, no sentido de precaver e combater.

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A magistrada, não deixou de salientar que, a espécie, encontra-se eminentemente num período de extinção e deve-se fazer mais, para evitar que isso aconteça. E ainda no contexto da proteção da fauna e flora, como medida, o Governo, aprovou recentemente a lei da proteção e biodiversidade que vem reforçar o quadro legal na proteção e combate aos males que ameaçam o equilíbrio da natureza, como o caso da caça furtiva.

Buchili, destacou também, que o ministério público como autoridade competente e que incumbe certas funções para a defesa da legalidade, pelo que, perante a caça furtiva no país, que atingiu números alarmantes nos últimos anos, deve-se tomar medidas exigidas.

E por seu turno, o embaixador dos Estados Unidos em Moçambique, Douglas Griffiths, disse que a preocupação pela caça furtiva no país e no mundo em geral, é como uma luta comum que tem sido travada a nível internacional contra a caça furtiva.

“São necessárias acções urgentes que requerem uma atenção a todos os níveis da sociedade, assim como respostas coordenadas. A nova lei de Conservação da Biodiversidade em Moçambique é um passo crucial que cria as bases essenciais para salvaguardar a saúde e o bem-estar das futuras gerações e os recursos naturais dos quais elas dependem”, destacou.