Economia Finlandeses querem investir mas querem garantias de justiça e cumprimento da lei

Finlandeses querem investir mas querem garantias de justiça e cumprimento da lei

A ministra finlandesa da Justiça, Anna-Maja Henriksson, disse que os empresários do seu país podem estar interessados em investir em várias áreas em Moçambique, mas antes é preciso que haja garantias de cumprimento da lei e justiça no país.

Anna-Maja Henriksson disse que os empresários finlandeses são muito exigentes e investem em países onde as coisas são feitas de forma correcta seguindo à risca a lei.
Aquela governante falava, na quinta-feira, por ocasião dum encontro que teve, em Maputo, com a ministra moçambicana da Justiça, Benvinda Levi, no qual foram equacionadas áreas de cooperação na Justiça.

“As empresas finlandesas podem ter interesses em investir aqui, mas isso requer que as empresas possam contar com princípios dum Estado de Direito, com as coisas feitas de forma correcta, porque são empresas muito exigentes e cumpridoras de regras”, disse a ministra finlandesa da Justiça, à saída do encontro.

Anna-Maja Henriksson deu grande destaque à necessidade de se lutar cada vez mais pela consolidação dum Estado de Direito e democrático. Henriksson disse ainda que, apesar de serem países com níveis de problemas diferentes, o encontro de partilha de experiências foi bastante útil.

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Por seu turno, a ministra da Justiça de Moçambique, Benvinda Levi, disse que os dois países seguem o mesmo princípio dum Estado de Direito democrático, tendo salientado que, apesar de serem países com níveis de desenvolvimento diferentes, existem problemas em comum.

“Estamos em duas realidades completamente distintas em termos de desenvolvimento, e mesmo assim existem problemas em comum, como, por exemplo, a violência doméstica, apesar de a Finlândia ser um país que respeita os princípio da igualdade há muito mais tempo do que nós”, explicou.

Benvinda Levi reconheceu que existe uma grande tarefa na aplicação prática da igualdade. Muitos casos de violência doméstica ainda são tratados como sendo problemas familiares e não como crime.