Num ofício enviado ao Conselho Constitucional em resposta à solicitação deste órgão que exigiu explicação sobre a circulação de boletins de voto “pré-votados” em Angoche, a CNE admitiu que há evidências de que tais boletins possam ter circulado e que sete (7) pessoas foram detidas em conexão com o caso.
A CNE não menciona os nomes dos detidos e ainda diz que os mesmos foram soltos por ordens do Tribunal para aguardar o julgamento em liberdade que deverá acontecer em Março próximo.
No acórdão 01/CC/2014 onde consta esta informação, o Conselho Constitucional refere que a investigação da CNE ao incidente não foi adequada, e recomendou “a Comissão Nacional de Eleições para prosseguir e aprofundar, no âmbito da sua competência administrativa de supervisão, as diligências investigativas.” Se isso não for feito, “pode alimentar, no seio da opinião pública, especulações de diversa ordem, passíveis de afectar a desejável confiança do eleitorado na seriedade dos órgãos de administração eleitoral na sua actuação e, sobretudo, a credibilidade dos processos eleitorais”, refere o CC.