Politica Persistem dúvidas se hoje haverá negociações entre Governo e Renamo

Persistem dúvidas se hoje haverá negociações entre Governo e Renamo

Tudo indica que nesta segunda-feira, dia 4 de Novembro, não haverá negociações entre o Governo e a Renamo. É que até ao fim da tarde deste domingo, o executivo de Armando Guebuza não tinha ainda respondido à carta da Renamo enviada na última quinta-feira, manifestando a sua disponibilidade em voltar a dialogar, mediante a aceitação das condições prévias que há duas semanas dividem as partes.

A Renamo diz que enviou uma carta ao Governo e a todas as embaixadas baseadas em Maputo, através dos habituais canais, manifestando estar disponível a ir à mesa de negociações, caso o Governo aceite a presença de facilitadores nacionais e observadores nacionais e internacionais.

Em contacto com o Canalmoz ao fim da tarde de domingo, Jeremias Pondeca, quadro da Renamo que faz parte da delegação deste partido nas negociações com o Governo, disse que a sua formação política não tinha ainda a resposta do Governo se haverá ou não mais uma ronda.

Pondeca disse ter igualmente informações segundo as quais o chefe da delegação do Governo, o ministro da Agricultura, José Pacheco, na sua qualidade de chefe da brigada central do partido Frelimo na província de Nampula, vai estar naquela província nesta segunda-feira, para na terça-feira proceder à abertura da campanha do partido Frelimo às autarquias de 20 de Novembro corrente.

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A Renamo insiste, caso haja negociações, que vai levar como ponto prévio, se o Governo aceitar, a exigência da presença de facilitadores nacionais (Dom Dinis Sengulane e professor Lourenço do Rosário), de Observadores Internacionais e cobertura da Imprensa na sala das negociações.

Na semana passada, não houve o habitual encontro entre o Governo e a Renamo, devido à ausência deste partido no Centro Internacional de Conferência Joaquim Chissano, local onde vem decorrendo os encontros.

A Renamo justificou a sua ausência com facto do executivo não ter respondido à carta que lhe fora enviada, contendo o ponto prévio. O Governo fez-se presente no local, mas não deu justificações porque não tinha dado resposta à carta da Renamo, nem confirmado a realização da ronda.

Na verdade, em carta datada de 24 de Outubro de 2013 e com a referência n.143/GPR/13 enviada ao Secretariado do Conselho de Ministros na pessoa do respectivo secretario Carlos Taju, condicionava a sua participação mediante um acordo prévio sobre a presença de facilitadores e observadores à mesa das negociações.