O ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyussi, comentou o espancamento de jornalistas da Televisão Independente de Moçambique (TIM) por militares e saiu em defesa das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, embora tenha repetido que medidas serão tomadas para evitar casos de géneros.
Filipe Nyussi negou comentar a brutalidade dos agentes das FADM que chegaram a espancar o chefe da Redacção da TIM até perder os sentidos, e disse que o facto de a TIM estar a perseguir o caso desde que há disputa de terra entre os militares e a população, “é muito estranho”.
“A televisão TIM é especialista neste expediente, porque se olhar bem mais de quatro ou cinco vezes fez reportagens sobre esta área. É a mesma televisão. Não sei, talvez (o jornalista) esteja a residir naquela zona e tenha um grande interesse naquele expediente”.
Vamos averiguar e tomar medidas
Filipe Nyussi, diz que o Ministério da Defesa ainda vai averiguar “o que se passou”. Segundo Nyussi, a brutalidade dos militares justifica-se pelo facto de ter sido a população a forçar a entrada no quartel em protesto.
“Eu não conheço nenhuma parte do mundo onde os soldados permitem as pessoas entrarem no quartel ainda em massa”.
Questionado se o episódio não colocava a população contra os militares e, por sua vez, colocava em causa a convivência, Nyussi disse que não há espaço para as forças armadas ficarem inimigas do povo. “Uma coisa é não esperarem que haja um dia que um soldado em guarnição permita que entrem no quartel sem ele autorizar. Até eu que sou ministro não posso ir a um quartel qualquer sem comunicar o chefe do Estado-Maior General para ele baixar ordens”, disse.