O grupo de contacto da Renamo reuniu-se semana passada em Maputo com os representantes da Holanda, Suécia e União Europeia para debater a crise político-militar que o País atravessa, opondo este partido e o Governo da Frelimo, bem como mecanismos de tentar ultrapassá-la.
Segundo apurou o Canalmoz de Jeremias Pondeca, um dos membros da Renamo integrante do grupo, na semana passada, com os facilitadores Dom Dinis Sengulane e o professor Lourenço do Rosário, bispo da Diocese Anglicana dos Libombos e reitor da Universidade A Politécnica, respectivamente, encontraram-se para tentar encontrar formas de ultrapassar a crise.
Com os mesmos propósitos, a Renamo reuniu-se com os representantes diplomáticos de Portugal e Reino Unido da Grã-Bretanha.
Não são conhecidos os resultados desses encontros, mas algumas chancelarias já vieram a público condenar o recurso à força das armas, apelando para o retorno a um diálogo sério, inclusivo e tolerância.
Contudo, a Renamo tem vindo a pedir como condição de retorno ao diálogo, a cessação da perseguição militar do Governo de Armando Guebuza, a Afonso Dhlakama que neste momento anda em parte incerta.
A Renamo, segundo Jeremias Pondeca, diz que a situação actualmente está fora do controlo, não se sabendo o que poderá acontecer nos próximos dias caso não haja uma intervenção diplomática flexível. A situação político-militar no País, particularmente na província de Sofala, está a assumir contornos muito semelhantes às primeiras ocorrências que em crescendo consubstanciaram a guerra civil dos 16 anos.
Os primeiros casos da Guerra Civil de 16 anos que só viria a terminar a 04 de Outubro de 1992 em Roma, deram-se precisamente no rio Muda, na Estrada Nacional N1, cerca de 14 kms a sul do Inchope, no Corredor da Beira.