Familiares, amigos e sociedade em geral participaram, nesta quarta-feira, na cerimónia de deposição de flores em homenagem a António Siba Siba Macuácua, jovem Presidente do Conselho da Administração (PCA) do Banco Austral (hoje Barclays) que foi morto no seu escritório em Maputo, numa altura em que trabalhava para recuperação da dívida mal parada do banco, grande parte dela nas mãos de políticos e empresários da nomenklatura!
A deposição da coroa de flores, organizada pelo Parlamento Juvenil (PJ) e pela família de Siba-Siba, aconteceu na sede do então Banco Austral, local onde a 11 de Agosto de 2001, o jovem bancário foi atirado do vão das escadas a partir do seu escritório no topo do edifício com mais de 12 andares.
Nestes 12 anos que passam após o assassinato de Siba-Siba, nem a investigação da sua morte, nem a gestão danosa daquele banco, conheceram desenvolvimentos significativos.
O banco que era maioritariamente participado pelo Estado acabou vendido a privados e hoje chama-se “Barclays Bank Moçambique”. Tem como presidente do Conselho da Administração a antiga Primeira-Ministra e Ministra do Plano e Finanças, Luísa Diogo.
“Já se passaram 12 anos e até hoje o Ministério da Justiça recomenda-nos a esperar e, realmente, ainda estamos à espera. Tentaram forjar culpados, mas ainda acreditamos que haverá justiça”, disse a viúva de Siba Siba Macuácua, Aquina Manjate, que se fazia acompanhar pela filha, Jéssica, de 18 anos, que na altura do assassinato de Siba Siba tinha apenas 6 anos.
“Queremos justiça!”; “Não te esquecemos, Siba Siba!”; “Não queremos viver com medo!”, são algumas das palavras que se lêem em dísticos pendurados em frente do edifico sede do banco.
Esta é uma homenagem com objectivo de pressionar os órgãos de justiça a resolver este caso e ao mesmo tempo mostrar que Siba Siba não foi esquecido e ainda se espera pela justiça.