O director da operadora Estradas do Zambeze, Luís Ferreira, disse que as atenções estão, neste momento viradas para os troços com pavimento precário na faixa Zóbuè/Moatize e Nsawa/Luenha e Cuchamano onde as condições de transitabilidade eram péssimas e que criavam transtornos aos automobilistas que, diariamente, se fazem naquela rodovia.
“Neste momento estamos a efectuar intervenções de grande vulto nestes troços, para além de tapamento de alguns buracos ao longo do eixo principal de estradas da província de Tete, sobretudo alguns buracos com maior profundidade criados pelas chuvas que caíram no primeiro trimestre do presente ano”, disse Luís Ferreira.
O nosso entrevistado revelou que a grande aposta é de realizar um trabalho mais sério e douradora nestas estradas que são de maior tráfego, nas quais demandam viaturas de grande tonelagem transportando mercadorias do Porto da Beira, em Sofala, para os países dos Grande Lagos e vice-versa.
Aquele gestor apontou ainda que a Estradas do Zambeze, uma concessionária que integra as empresas Soares da Costa, Mota Engil e Infra, tem no seu plano, para este ano, o arranque da obra de reabilitação dos 258 quilómetros da viária que liga Zóbuè e Cuchamano, nas duas fronteiras com Blantyre, no Malawi e Harare no Zimbabwe.
“Estamos na frente de trabalho desde os meados de Abril último após término do período chuvoso, onde as atenções estão concentradas para os principais troços degradados nas estradas N7 e N8, numa operação considerada de grande envergadura” – disse Ferreira.
O director da operadora Estradas do Zambeze, disse ainda que apesar do arranque tardio de cerca de dois meses devido às chuvas, tudo está sendo feito no terreno para que, até Dezembro próximo, as estradas apresentem um aspecto diferente e oferecendo uma transitabilidade boa, sem provocar embaraços aos automobilistas.
Em relação às estradas N9 (Matema/Cassacatiza), junto à fronteira com a República da Zâmbia, Luís Ferreira, apontou o trabalho em curso da reparação do pavimento e sinalização vertical ao longo dos 268 quilómetros até à linha limite com a Zâmbia, cujos sinais foram retirados por pessoas de má-fé.
“Estamos, igualmente, a fazer um trabalho na N304 que liga Mussacama a Calomuè, junto ao Malawi na reposição do asfalto em alguns troços esburacados na rodovia e reposição de alguns sinais destruídos ou retirados por pessoas de má conduta” – disse.
Relativamente ao mau estado do pavimento da estrada que dá acesso à Ponte Samora Machel, na cidade de Tete, Luís Ferreira, disse que a partir do próximo dia 8 de Julho corrente, no período nocturno das 22.00 às 5.00 horas, o trânsito será interrompido para dar lugar às obras de reabilitação daquele troço que liga a báscula à portagem da Ponte Samora Machel do lado do bairro Matundo.
“Vamos trabalhar no período de fraco movimento, o considerado morto, onde vamos interditar a circulação de viaturas no troço no período compreendido entre as 22.00 e 5.00 horas do dia seguinte, operação que vai durar até o dia 12 de Julho, altura em que vamos terminar a obra” – concluiu Luís Ferreira.
Sabe-se que a concessionária Estradas do Zambeze, que está a gerir desde 2010 por um período de 30 anos 700 quilómetros das principiais rodovias de Tete, espera investir na manutenção e construção de raiz do eixo principal de estradas da província e a nova ponte sobre o Zambeze, na cidade de Tete, um montante financeiro estimado em 145 milhões de euros.
Bernardo Carlos – Noticias