Internacional Africa SADC corre para reverter défice de infra-estruturas

SADC corre para reverter défice de infra-estruturas

Para o efeito, os 14 membros têm em mão um plano ambicioso que requer investimentos que variam de 300 a 500 biliões de dólares para os próximos 15 anos. A aposta justifica-se pelo facto de na SADC assim como em toda a África os investimentos em infra-estrutura física e social não terem conseguido, depois das independências, acompanhar o ritmo de crescimento e demanda das economias.

Este défice de infra-estruturas tem afastado investimentos importantes para o alcance do tão almejado crescimento económico abrangente e inclusivo e a redução da pobreza.

O facto foi defendido recentemente em Maputo aquando da apresentação do Plano-Director para o Desenvolvimento de Infra-Estruturas da SADC, encontro no qual os 14 membros do bloco regional divulgaram as suas prioridades de investimento nesta área a potenciais investidores e/ou financiadores.

Os dados divulgados na ocasião são irrefutáveis: a região da SADC enfrenta um grave défice energético, o que sufoca o desenvolvimento industrial. As infra-estruturas de transportes continuam a não estar interligadas, prejudicando o comércio e o crescimento económico. Na verdade, os altos custos de transporte devido às mas condições das estradas e redes ferroviárias e instalações portuárias insuficientes e ineficientes são um nó de estrangulamento, pois encarecem as exportações da SADC, minando a sua competitividade no continente e no mundo. A questão da água e saneamento atira a maioria dos seus 270 milhões de habitantes para uma situação de vida precária.

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Por isso, o bloco dos 14 despertou e quer acabar com o status quo atacando a área de infra-estruturas de forma integrada, que por muito tempo foi negligenciada. De acordo com o Secretario Executivo da SADC, Tomaz Salomão, falando na abertura do evento, “a região continuou por muito tempo a somar custos de não integração”.

“Este plano constitui a nossa resposta em relação à integração limitada bem como um veículo para o aprofundamento da integração regional através de conectividade regional melhorada”, acrescentou Salomão.

No imediato a região procura 64 biliões de dólares para implementar os projectos contidos no Plano de Acção de Curto Prazo (STAP) durante os próximos cinco anos.

A integração económica regional é fundamental para que a SADC concretize em pleno o seu potencial de crescimento, participe na economia global e partilhe dos benefícios de um mercado global cada vez mais interligado.

Sem grandes investimentos em infra-estruturas, uma coisa é clara: o desenvolvimento económico e social da SADC continuará a ficar comprometido e não haver transformação palpável nem visível nos próximos tempos. Daí que o consenso é de que o défice de infra-estruturas deve ser corrigido com investimentos sérios no sector.

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