Economia MANICA – Aquacultura coloca 32 toneladas de pescado

MANICA – Aquacultura coloca 32 toneladas de pescado

Aquela quantidade, de acordo com dados apurados pela nossa Reportagem junto da chefe do Departamento de Tecnologias e Extensão na delegação provincial do Instituto Nacional de Desenvolvimento de Aquacultura (INAQUA), Fátima Cinco Reis, corresponde a 42 por cento do planificado que previa a captura de 75 toneladas.

Fátima Reis disse que a maior parte do pescado registado, provem do distrito de Báruè onde os piscicultores locais conseguiram 7,5 toneladas. Os distritos de Manica e Sussundenga contribuíram com 7 e 6,5 toneladas respectivamente.

No tocante aos tanques piscícolas, aquela província sobrecumpriu a sua meta em 155 por cento ao abrir 32 dos 20 planificados. No que a novos tanques diz respeito, o distrito de Gondola lidera a lista com 16, seguido de Báruè com 10 e Mossurize, com três. O distrito de Manica abriu apenas dois novos tanques no semestre findo.

Ainda de acordo com Fátima Reis, os distritos de Manica, Sussundenga, Báruè, Mossurize, Gondola e a cidade de Chimoio, são os potenciais produtores de peixe que abastece o mercado local e que serve para a auto-suficiência dos próprios camponeses.

Neste momento, segundo a fonte, Manica possui mais de 1.800 tanques piscícolas e, durante o ano passado, a província produziu 63 toneladas de peixe.

Para além de tanques piscícolas, em Manica foram também introduzidas três gaiolas para a produção de peixe para o consumo familiar no Instituto Agrário de Chimoio (IAC) e na Associação Bengo, naquela cidade.

Apesar de neste ano não se ter registado grande incremento em termos de novos tanques, o distrito de Manica destaca-se entre os maiores produtores piscícolas da província, tendo na campanha finda, capturado 15 toneladas de peixe tilápia, a espécie maioritariamente produzida naquela região do país.

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INAQUA IMPULSIONA ACTIVIDADE

No âmbito do projecto de massificação da piscicultura, a província de Manica planificou abrir, este ano, 410 tanques com um mínimo de 510 metros cúbicos de extensão. Para impulsionar este trabalho o INAQUA vai proceder à distribuição de material para a abertura de tanques, nomeadamente picaretas, enxadas, carinhas de mão, tubos PVC para a canalização de água, entre outros.

Para além do INAQUA, a empresa de Desenvolvimento e Comercialização Agrícola (DECA), de capitais britânicos, introduziu, o ano passado, dois milhões de alvinos de tipo tilápia adquiridos em Vilankulo, na província de Inhambane e destinados ao fomento piscícola na barragem de Mavonde, sobre o rio Mavuzi, em Manica.

Informações recentemente fornecidas pelo Administrador da DECA, Mickail Patamo revelam que o fomento piscícola foi uma das formas encontradas por aquela empresa no âmbito da sua responsabilidade social. Os alvinos custaram à DECA o equivalente a 120 mil dólares norte-americanos.

Pretende-se com esta iniciativa, garantir que as populações ribeirinhas da barragem possam ter acesso ao peixe para o consumo e comercialização, contribuindo, desta forma, para a melhoria da dieta alimentar e renda dos camponeses locais.

Aliás, a própria DECA pretende, no futuro, vir a ser o principal comprador do pescado das populações de Mavonde, devendo utilizar o peixe no processo de fabrico de ração destinada à alimentação dos seus efectivos pecuários, no quadro do projecto MOZBIEEF.

Víctor Machirica – Noticias