Politica RECENSEAMENTO ELEITORAL – Detidas 12 pessoas na Beira

RECENSEAMENTO ELEITORAL – Detidas 12 pessoas na Beira

Doze pessoas foram detidas ontem na cidade da Beira por supostamente estarem envolvidas na prática de “ilícitos eleitorais” na sequência do recenseamento que decorre no país. Tais indivíduos, todos jovens do sexo masculino, encontram-se nas esquadras da Brigada Montada e nas dos bairros da Manga e Macuti.

A administradora do STAE a nível da cidade da Beira, Rotafina Wilson, disse que, curiosamente, os dois grupos, compostos por 10 pessoas na Manga e duas no Macuti são todos provenientes de vários distritos da província da Zambézia.

O que fez com que os recenseadores desconfiassem dos grupos detidos em ocasiões diferentes é o facto de muitos não conhecerem os bairros onde disseram residir desde Dezembro último, além de tais zonas descritas como sendo do seu domicílio ficarem distantes dos lugares onde pretendiam inscrever-se.

Por exemplo, Júlio Magide, natural de Maganja da Costa, disse à nossa Reportagem que residia no bairro do Vaz, no entanto teve de percorrer sete quilómetros, deixando para trás dezenas de postos de recenseamento, para tentar registar-se na Escola Completa de Maguiguane, no bairro da Manga.

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O mesmo aconteceu com Rodrigues Cintura e João António, também naturais da Zambézia, que disseram terem saído do bairro da Manga para Macuti, cerca de 15 quilómetros.

Falando à comunicação social, os acusados afirmaram que não sabiam que a lei não permite que pessoas de um bairro se recenseiem noutro. Por coincidência, o grosso dos detidos declarou que reside naquela urbe desde Dezembro.

O director da ordem e segurança públicas em Sofala, Akilasse Kapangula, que de imediato se dirigiu a uma das esquadras para averiguar a situação, declarou que se trata de um assunto sobre o qual ainda se vai inteirar junto dos órgãos de Administração Eleitoral.

Aquele oficial da Polícia referiu ainda que a sua corporação irá agir nos ditames da lei porque, explicou, ainda faltam muitos dias para o processo terminar.

“Vamos trabalhar de forma a não manchar o processo. Enquanto houver espaço temos de corrigir”, defendeu.