O Presidente Andry Rajoelina fez uma declaração contundente afirmando que o país enfrenta uma “tentativa ilegal e forçada de tomada do poder”.
A afirmação surge num contexto de crescente tensão na capital, onde um contingente de soldados uniu-se a milhares de manifestantes anti-governamentais.
Rajoelina, num comunicado divulgado à nação e à comunidade internacional, sublinhou que a situação em curso é “contrária à Constituição e aos princípios democráticos”. A sua posição é um reflexo dos tumultos nas ruas de Antananarivo, onde os cidadãos têm expressado a sua insatisfação e exigido mudanças no governo.
Os acontecimentos de ontem foram marcados pela presença de soldados malgaxes que se juntaram a uma massa de manifestantes, os quais pediam às forças de segurança que se recusassem a obedecer ordens de disparar sobre o povo. Os protestos surgiram em resposta a uma recente onda de repressão policial.
Antes de deixarem a base militar situada no distrito de Soanierana, os membros do Corpo do Exército de Pessoal e Serviços Administrativos e Técnicos (CAPSAT) fizeram um apelo à desobediência. Esta mesma base militar já tinha sido palco de uma rebelião em 2009, que culminou na ascensão ao poder do actual Presidente.