O Governo reitera que a equipa multissectorial tutelada pelo Ministério da Saúde, contínua válida para dialogar com a Associação dos Médicos de Moçambique (AMM) ora em greve.
Esta informação vem expressa numa nota do Gabinete do Primeiro-Ministro Alberto Vaquina, em resposta a uma carta da AMM que solicitava intervenção deste nas negociações interrompidas.
Na referida carta, os médicos através da AMM pediam que fosse feita uma selecção de membros integrantes da equipa de diálogo do Governo com poder de decisão em relação aos aspectos que constam do caderno reivindicativo.
Na nota recebida ao princípio da noite de ontem na nossa Redacção, o Governo considera que a equipa liderada pelo Ministério da Saúde, integrando representantes dos ministérios da Função pública, Finanças e Justiça tem mandado para, em nome do Executivo, dialogar com a Associação Médica de Moçambique, no concernente à presente paralisação laboral.
E referida equipa integra o secretário permanente, inspector geral da Saúde, director nacional dos Recursos Humanos, director Nacional da Administração e Finanças, director Nacional de Assistência Médica e assessores jurídico e de assistência médica, todos do Ministério da Saúde. A Função Pública é representada pelo director Nacional de Gestão Estratégica, dos Recursos Humanos do Estado e pelo director Nacional da Organização e Desenvolvimento da Administração. Das Finanças está o director Nacional do Orçamento, enquanto da Justiça está a directora Nacional Adjunta dos Estudos, Legislação e Assessoria.
O Governo reitera a sua reabertura ao diálogo e apela à Associação Médica de Moçambique a retomar o referido diálogo com vista ao alcance de uma solução, tendo em conta os interesses do país e dos moçambicanos.
O Executivo apela ainda aos médicos que se encontram em situação de paralisação laboral a regressarem aos seus locais de trabalho e retomarem a sua actividade normal.
A exigência da Associação Médica de Moçambique para a mudança da composição da equipa governamental no diálogo levou ao actual impasse.
Os médicos entraram em greve no dia 20 de Maio, exigindo entre outras coisas um aumento salarial na ordem de 100 por cento, a aprovação pela Assembleia da República do estatuto médico e a devolução das casas que alegam terem sido retiradas a alguns dos membros da AMM.