Internacional Africa África tem de admitir que ainda está atrasada – Carlos Lopes

África tem de admitir que ainda está atrasada – Carlos Lopes

O secretário-geral adjunto das Nações, Carlos Lopes, considera que África tem de ser a primeira a admitir que, apesar dos progressos registados nos últimos 50 anos, ainda há muito por se fazer para o desenvolvimento do continente.

Lopes, que é igualmente secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas (ECA) para África, defendeu essa ideia durante as celebrações dos 50 anos após a fundação da Organização da Unidade Africana (OUA) – hoje União Africana (UA), cujas cerimónias centrais decorrem em Addis Abeba e que contam com a participação do Presidente moçambicano, Armando Guebuza.

Falando na moderação dum seminário com o tema “Pan-Africanismo e Renascimento Africano”, Lopes apontou, como exemplo, que a integração africana continua incompleta, os desafios de desenvolvimento abundantes, a paz e segurança são ainda bens escassos em muitas partes do continente e a história de África continua sendo muito gerada fora do continente.

África tem de admitir que ainda está atrasada - Carlos Lopes

“É necessário formular uma visão comum e um roteiro”, disse o secretário executivo da ECA, instituição com sede na capital etíope, acrescentando que “este é o significado do renascimento africano. É o que, de certeza, constitui o tema do projecto da Visão Africana 2063”.

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Lopes disse que, com estas celebrações, África está a comemorar as suas realizações dos objectivos fundamentais dos fundadores do Pan-Africanismo, incluindo a liberdade, descolonização e o fim da dominação racial.

Igualmente, este é um momento de comemorar os feitos dos heróis africanos bem como os progressos sociais e económicos registados pelo continente desde 1963, não obstante as dificuldades.

Refira-se que a União Africana pretende tornar estas celebrações do seu jubileu do 50/o aniversário para reflectir sobre os últimos cinquenta anos de esforços em direcção a unidade africana com a intenção de definir o pan-africanismo para as futuras gerações.

Igualmente, o evento também serve como uma plataforma para lançar as bases de discussão do plano estratégico da UA para os próximos 50 anos, ou seja até 2063.

RM