Sociedade Criminalidade Agente da Polícia morto no assalto a uma esquadra

Agente da Polícia morto no assalto a uma esquadra

Os malfeitores, que se faziam transportar em duas viaturas de marca Toyota Prado, alvejaram ainda um outro agente, provocando-lhe ferimentos.

O incidente, que causou pânico naquela zona, deu-se cerca das 20.00 horas quando o malogrado Leonardo João Mazul, guarda da Polícia afecto àquele posto, se encontrava a desempenhar as suas funções na companhia de outros membros da corporação em número não especificado.

Segundo Elina Matavel, residente na área próxima do Posto Policial, a operação levou pouco menos de 15 minutos, tendo acompanhado a troca de tiros entre um dos agentes e os bandidos.

“Passavam das 20.00 horas quando se ouviram tiros de um e de outro lado. Espreitei da janela e vi duas viaturas a grande velocidade e um agente do posto a perseguir e disparar contra eles”, disse Elina.

Um outro morador, identificado por António Muiambo, conta ter passado por momentos de incerteza sem saber o que fazer naquele momento de troca de tiros, receando ser atingido por balas perdidas. “O mais preocupante para mim era o facto de o local que se supunha ser seguro estar a ser atacado como se de uma casa se tratasse”, disse algo incrédulo.

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Agente da Polícia morto no assalto a uma esquadra

“É a primeira vez que um caso desta natureza acontece neste posto policial. Apanhamos um grande susto. Agora, se os bandidos podem assaltar uma esquadra, que será de nós os cidadãos normais”, questionou.

Informações avançadas por Raul Freia, do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), dão conta que o assalto tinha como objectivo o roubo de armas de fogo, para posterior utilização no crime organizado.

“Ao que a corporação apurou nas investigações preliminares, a quadrilha queria armas, mas como não encontrou alvejou mortalmente Leonardo, apoderou-se de um colete anti-bala do malogrado e pôs-se em fuga”, explicou Freia.

De acordo com um comunicado de Imprensa do Comando-Geral da PRM enviado à nossa Redacção, investigações estão em curso nas diferentes forças da Polícia e uma equipa multissectorial está a trabalhar para a neutralização dos autores do crime.

“Neste momento, decorrem diligências com vista ao esclarecimento da ocorrência e detenção dos criminosos de forma a responderem por este delito e, não só, como também as circunstâncias vulneráveis que terão concorrido para actuação da quadrilha”, lê-se no documento.