De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), os ramos da indústria extractiva, da construção e dos transportes e comunicações são os que mais cresceram, com 35,2 por cento, 16,4 por cento e 12, por cento, respectivamente.
Enquanto isso, o Indicador do Clima Económico (ICE) teve ao longo do IV trimestre de 2012 uma tendência ascendente face ao trimestre anterior, impulsionado pelos sectores de alojamento e restauração, dos transportes, da produção industrial e do comércio.
Segundo o INE, tendência semelhante verificou-se face ao mesmo período de 2011, resultante da contribuição dos sectores de alojamento e restauração, produção industrial e comércio.
Expectativa de Emprego
Relativamente à expectativa de emprego verificou-se uma tendência descendente. Este comportamento deveu-se à tendência desfavorável dos sectores de alojamento e restauração, do comércio e da construção.
Porém, os sectores dos transportes e da produção industrial tiveram uma tendência contrária à do indicador no geral.
Refira-se que de Novembro a Dezembro houve uma relativa melhoria da expectativa de emprego.
Índices de Volume de Negócios
O volume de negócios referente ao IV trimestre de 2012 decresceu face ao período homólogo de 2011 em 0,4 por cento. O ramo dos serviços foi o que influenciou a tendência geral com uma queda de 24,0 por cento.
Em relação ao trimestre anterior há a registar também uma queda do volume de negócios em 0,7 por cento, sustentado pela diminuição do volume de negócios dos serviços (2,7 por cento) e dos transportes (0,4 por cento).
Movimento de Hospedes
No trimestre em análise a frequência de hóspedes em estabelecimentos hoteleiros diminuiu ligeiramente relativamente ao mesmo período de 2011 em cerca de 0,96 por cento.
Em relação ao trimestre anterior registou-se um crescimento de hóspedes em cerca de 6,26 por cento.
Este movimento crescente registou-se quase em valor idêntico para nacionais e estrangeiros.
Transporte Ferroviário e Aéreo
O transporte ferroviário registou no trimestre em análise um crescimento em termos homólogos tanto da carga transportada como de passageiros transportados na ordem de 39,2 por cento e 12,4 por cento, respectivamente.
A tendência de crescimento de carga transportada que se verifica nos últimos tempos deve-se essencialmente ao aumento do movimento de mercadorias nas linhas de Sena (transporte de carvão), de Goba (transporte de calcário, balastro e minério de ferro) e de Ressano (transporte de carvão, cimento, milho, fosfato, magnetite e carga contentorizada).
Relativamente ao período anterior, houve também um crescimento no transporte de carga na ordem de 6,6 por cento e um decréscimo de passageiros transportados em cerca de 6,8 por cento, respectivamente.
O transporte aéreo de carga decresceu em termos homólogos cerca de 10,5 por cento, enquanto
que tendência contrária registou o de passageiros, com um crescimento de cerca de 6,0 por cento.
Inflação
No IV trimestre de 2012 o país registou um aumento do nível geral de preços na ordem de 2,45 por cento.
O aumento no nível geral de preços tem explicação na tendência de subida de preços nas três cidades, onde Maputo apresenta maior agravamento, com 2,71 por cento, seguido da Beira com 2,25 por cento e por fim Nampula com 2,17 por cento.
O país terminou o ano com uma inflação acumulada mais baixa dos últimos dois anos de cerca de 2,02 por cento.
Os produtos que mais influenciaram a tendência de subida de preços no período de Janeiro a Dezembro foram o tomate, os telefones, o milho em grão, a batata reno, o coco, o óleo alimentar, o alface, o material para manuntenção e reparação da habitação, o feijão manteiga, o Ensino Secundário do 1º ciclo (8ª – 10ª) e o peixe seco, totalizando uma contribuição de cerca de 1,63 pontos percentuais positivos.