“Temos um grande interesse em que cadetes das forças armadas zimbabweanas sejam formados na Academia Militar Samora Machel, e para a materialização desta ideia, numa primeira fase, vai ser criado um grupo de trabalho que irá conceber um memorando de entendimento que definirá quando e como essa formação irá ocorrer”, disse Sibanda.
Referiu que a cooperação entre Moçambique e Zimbabwe começou muito antes da independência zimbabweana, em 1980, “e a formação de cadetes em Nampula é uma continuação daquilo que vínhamos fazendo”.
Presentemente, a cooperação entre as forças armadas dos dois países abrange, fundamentalmente, a troca de informação e a formação de formadores militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), na área de Serviços Cívicos.
POR sua vez, o comandante do ramo do Exército das FADM, major-general Eugénio Mussa, considerou boa a cooperação militar entre os dois países, a qual inclui, entre outras actividades, a realização de exercícios militares conjuntos.
Para o oficial moçambicano, no âmbito desta cooperação, as escolas práticas dos exércitos dos dois países “terão de tentar interligar-se, devendo a Academia Militar Marechal Samora Machel tornar-se numa instituição internacional”.
Mussa revelou que Moçambique possui, neste momento, militares a serem formados na área de Serviços Cívicos no Zimbabwe, para além de um outro grupo que está a ser treinado no Colégio Militar zimbabweano.
Refira-se que, recentemente, o Botswana manifestou também interesse em enviar a Moçambique efectivos militares seus para serem formados na Academia Militar Marechal Samora Machel.