Vaquina reiterava, assim, a sua anterior declaração, de que o governo não pode, precipitadamente, alterar as condições previamente negociadas com as empresas mineiras que operam no país desde antes da revisão da legislação da área, em 2007.
“Embora devamos ouvir e ter em conta todas as contribuições, como Governo, não podemos mudar de direcção sempre que alguém critica ou apresenta uma opinião diferente. Não é assim que se governa! Governar exige responsabilidade nas decisões e nas suas consequências”, vincou .
“No dia em que tomarmos uma decisão inadequada que possa vir a reduzir os empregos existentes não será a oposição a explicar isso ao povo. Governar significa ter a serenidade suficiente para explicar o já explicado, como é o caso da questão da renegociação dos contractos”, sublinhou o governante.
O PM disse ainda que como parte da estratégia de desenvolvimento e redução da pobreza, o governo adoptou uma legislação fiscal que propiciou a atracção de um volume significativo de investimento directo estrangeiro, através de projectos de grande dimensão, com destaque para os projectos de exploração mineira e de hidrocarbonetos.
Segundo referiu, a exploração destes recursos constitui uma grande oportunidade para a promoção do desenvolvimento integrado de Moçambique, porque tem ajudado a reforçar as intervenções do governo em áreas tradicionais e estratégicas como a aricultura, trismo, pscas, entre outras.
“Devido ao elevado volume do capital envolvido, a exploração dos recursos minerais tem a capacidade de aglutinar em torno de si uma série de actividades complementares que, por sua vez, ajudam a impulsionar o desenvolvimento do sector privado, para além de abrir oportunidades para a participação de empresas moçambicanas, através das ligações que se estabelecem entre as grandes e as pequenas e médias empresas, que são induzidas ou atraídas pelos negócios das grandes empresas”, referiu ele.
Acrescentou que no caso da exploração dos recursos naturais, o governo tem procurado guiar-se por políticas públicas que assegurem a geração de cada vez mais receitas fiscais a favor do Estado.
Por outro lado, em resposta a pergunta da bancada parlamentar do MDM sobre a não redução da pobreza nos últimos anos, apesar de diversas estratégias aprovadas para o efeito, Vaquina defendeu a ideia de que cada moçambicano tem a sua responsabilidade no combate a pobreza.
No combate a pobreza, segundo a fonte, há duas frentes a considerar, sendo uma delas a de grandes investimentos em infra-estruturas como água, rede escolar, rede sanitária e saneamento, electricidade que cabem ao governo.