Sociedade Justiça Procurador distrital de Govuro no banco dos réus

Procurador distrital de Govuro no banco dos réus

Procurador distrital de Govuro no banco dos réus

A segunda secção do Tribunal Judicial da cidade de Inhambane está a julgar desde ontem o procurador distrital de Govuro, Mário Marione, acusado de envolvimento criminal num acidente de viação que causou ferimentos graves a sete pessoas.

Trata-se do já mediático caso – muitas vezes reportado aqui no Canalmoz – onde depois do tal acidente o procurador teria depois sido espancado pela população.

Consta do processo 38/2012 que no momento do acidente o procurador conduzia uma viatura apreendida pela Polícia e parqueada no tribunal local, mas que ele foi retirar sem autorização. Consta ainda do processo que  o procurador Mário Marione vinha a conduzir sem carta de condução. A viatura é de marca Toyota Chelsea, que se diz ser um carro roubado e apreendido pela Polícia no rio Save.

Procurador confirma o acidente, mas nega outras acusações

Ouvido esta quarta-feira pelo tribunal, Mário Marione confirmou, em sede do tribunal, que esteve na viatura que foi embater a outra que estava estacionada na berma da estrada, a carregar passageiros, entretanto disse que não foi ele que ia no volante da viatura.

O tribunal quis perceber os motivos que teriam levado as pessoas a espancá-lo até desmaiar no momento do acidente, se realmente não era ele que estava a conduzir a viatura. “Meritíssima, eu não estava no volante, só, quando desci do carro onde estava, fui agredido pelas pessoas”, respondeu Marione.

Vítimas do acidente insistem que o procurador é que conduzia

As sete vítimas do acidente contaram ao tribunal que foi o procurador que conduzia o carro na altura do acidente.

Jassi Wiliamo, de 51 anos de idade, na altura hospitalizado no Govuro devido à fractura no seu pé direito, reafirmou ao tribunal que o senhor Mário Marione vinha a conduzir o carro que veio embater o outro que estava a carregar pessoas para “ um local de comício”.

Duas jovens, Joaquina Comassa e Deolinda Inácio, de 16 e 18 anos de idade, respectivamente, também apontaram o dedo ao procurador. “Era o procurador que estava a conduzir a viatura mesmo lá no distrito todo o mundo sabe que era ele”, disse uma das jovens. O julgamento prossegue até à próxima semana.