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Príncipe Andrew abdica do título de Duque de York após acusações de abuso sexual

O príncipe Andrew, irmão do rei Charles III do Reino Unido, anunciou oficialmente a sua renúncia ao título de Duque de York, conforme um comunicado emitido pelo Palácio de Buckingham.

A decisão surge dois dias após o jornal britânico The Guardian ter divulgado excertos das memórias póstumas de Virginia Giuffre, que acusou Andrew de abuso sexual em três ocasiões, quando ela contava apenas 17 anos. Giuffre alegou que os actos teriam ocorrido com a conivência de Jeffrey Epstein, com quem o príncipe manteve uma relação próxima durante vários anos.

Em sua declaração, Andrew afirmou que as acusações persistentes têm desviado a atenção do trabalho da Família Real. Com o consentimento do monarca, decidiu abdicar de seus títulos e honras, reiterando a sua negação categórica das alegações apresentadas.

Além do título de Duque de York, Andrew também renunciou aos títulos de Conde de Inverness e Barão de Killyleagh, assim como à sua posição como Cavaleiro Real da Ordem da Jarreteira. Com estas mudanças, passará a ser conhecido apenas como Príncipe Andrew, mantendo essa designação por força de uma patente real concedida em 1917. A sua ex-esposa, Sarah Ferguson, deixará igualmente de usar o título de Duquesa de York, embora suas filhas continuem a ser referidas pelos seus títulos.

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A decisão de Andrew ocorre numa sequência de controvérsias e de pressão pública acumulada ao longo de vários anos, incluindo um acordo financeiro alcançado em 2022 com Virginia Giuffre. Apesar de ter-se afastado da vida pública desde uma entrevista polémica em 2019, o príncipe manteve o título de Duque de York até este momento. Fontes próximas ao Palácio indicam que o rei Charles III considerou a renúncia “inevitável”, face à nova atenção mediática sobre o caso.