As Brigadas de Jerusalém, o braço armado da Jihad Islâmica, afirmaram o seu “compromisso total” com o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Esta organização, fundada em 1981, é reconhecida como a segunda maior força política e militar na região, apenas atrás do Hamas. Desde o início do conflito no enclave palestiniano, em 7 de Outubro de 2023, os dois grupos têm actuado em conjunto.
Abu Hamza, o novo porta-voz da Jihad Islâmica, declarou que a organização irá monitorizar rigorosamente o cumprimento do acordo por parte de Israel, referindo-se a este como “inimigo”. O porta-voz salientou que a adesão ao cessar-fogo está condicionada às acções da outra parte, sublinhando a intenção de vigiar possíveis incumprimentos.
Em um discurso gravado e divulgado através da plataforma Telegram, Abu Hamza anunciou também a morte de oito membros do Conselho Militar das Brigadas e de outros seis do Estado-Maior da Jihad Islâmica durante a ofensiva israelita que se prolonga por mais de dois anos na Faixa de Gaza, sem especificar o número de comandantes que permanecem vivos.
Além da declaração de compromisso com o cessar-fogo, o porta-voz reafirmou que a “resistência” do grupo, que não reconhece a existência do Estado de Israel, continuará enquanto houver ocupação dos territórios palestinianos, destacando que a luta armada prosseguirá “até chegar a Jerusalém”.
