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Ex-traficante angolano condenado a três anos e seis meses de prisão em Luanda

Gelson Quintas, conhecido no submundo das drogas como “Man Genas”, foi condenado pelo Tribunal da Comarca de Luanda a três anos e seis meses de prisão efectiva. 

Esta decisão foi proferida ontem, no âmbito de um caso que envolveu também sua esposa, Clemência Vumbi, que recebeu uma pena de três anos, com suspensão por dois anos, pelos crimes de difamação e calúnia.

O casal, que chegou a Moçambique de forma clandestina em Fevereiro de 2023, atravessando a fronteira de Ressano Garcia, argumentou ter fugido de perseguições em Angola, supostamente orquestradas por traficantes de droga com ligações a altos funcionários da polícia e da política angolana. Gelson e Clemência afirmaram ter informações comprometedoras sobre o antigo Ministro do Interior angolano, Eugénio Laborinho, e o ex-Director do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Fernando Receado, envolvidos numa alegada rede de tráfico de droga.

No entanto, a família enfrentou dificuldades em Moçambique e foi expulsa pelo Serviço Nacional de Migração em Fevereiro de 2024. Após a leitura da sentença, o advogado de Gelson, Alberto Quixinacho, anunciou que a defesa pretende recorrer da decisão judicial, afirmando: “Vamos ter recurso e esperemos que os tribunais ajam como tribunais”.

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Embora o tribunal tenha absolvido Gelson e a sua esposa do crime de associação criminosa, ambos foram condenados a indemnizar o ex-ministro do Interior em três milhões de kwanzas, o que equivale a quase 210 mil meticais, segundo a taxa de câmbio actual.