A Primeira-Ministra moçambicana, Benvinda Levi, anunciou que o governo do Zimbabwe deu início ao processo de inventário de locais históricos e dos cidadãos do país que faleceram em Moçambique durante a luta pela libertação do colonialismo.
O Zimbabwe conquistou a sua independência do domínio britânico a 18 de Abril de 1980. Durante a luta pela libertação, muitos cidadãos zimbabuanos estabeleceu-se em território moçambicano, especialmente na província central de Manica, onde ambos os países partilham uma fronteira.
Levi, que falava a jornalistas em Maputo, logo após uma reunião de cortesia com o Vice-Presidente do Zimbabwe, Kembo Dugish Mohadi, afirmou que “o Vice-Presidente veio a Moçambique numa missão relacionada com os monumentos erigidos em homenagem aos cidadãos zimbabuanos falecidos em solo moçambicano.”
A Primeira-Ministra esclareceu que a missão zimbabuana irá contar com a presença de especialistas, incluindo arqueólogos, que se encarregarão de reunir as informações necessárias para proporcionar aos zimbabuanos um melhor entendimento sobre a sua jornada histórica em direcção à independência.
Por sua vez, Mohadi revelou que, durante a reunião, ambos os países abordaram várias questões, sublinhando a “preocupação em criar melhores condições para os povos de ambos os países, moçambicanos e zimbabuanos.”
“Discutimos ainda o que devemos fazer para melhorar a vida dos nossos cidadãos em termos económicos; enfatizámos que, sim, temos a nossa independência, temos os nossos parlamentos, temos o nosso sistema judicial. Contudo, o que ainda nos falta é a independência económica”, afirmou o Vice-Presidente.