As autoridades judiciais da Nigéria proferiram condenações a 44 pessoas, todas acusadas de financiar o grupo extremista Boko Haram. As penas impostas variam entre 10 e 30 anos de prisão, além de trabalhos forçados.
Segundo informações da imprensa internacional, os condenados eram parte de um grupo de 54 suspeitos julgados em tribunais civis especiais na cidade de Kainji, localizada no leste do país. Este julgamento insere-se no âmbito da retoma dos processos relacionados com o terrorismo, que tinham estado suspensos nos últimos sete anos.
Desde o início da ofensiva militar contra o Boko Haram, em 2009, a violência associada ao grupo causou mais de 40 mil mortes e resultou em dois milhões de deslocados internos, conforme relatado pelas Nações Unidas. O Boko Haram, que pretende estabelecer um califado islâmico, tem impactado também os países vizinhos, como o Chade, Níger e Camarões.
O relançamento dos julgamentos em massa, que começou em 2017, já resultou na condenação de centenas de membros do Boko Haram por diversos crimes, incluindo ataques a civis, raptos, destruição de locais religiosos e assassinatos. As penas variam desde prisão prolongada até a pena de morte.